Nesse artigo, escrito em parceria com Stardust Zone, entenda o que é neurodiversidade, quem são as pessoas neurodivergentes e como sua empresa pode promover inclusão com ações simples.
O que é neurodiversidade?
A neurodiversidade reconhece a variação natural do cérebro humano — ou seja, a forma como diferentes pessoas pensam, sentem, processam informações e interagem com o mundo. Em vez de tratar diferenças cognitivas como distúrbios, esse olhar valoriza cada singularidade como parte da diversidade humana.
Todos nós somos neurodiversos. No entanto, o termo costuma ser usado principalmente para se referir às pessoas neurodivergentes, cujo funcionamento cerebral diverge do que é considerado “típico” socialmente.
Quem são as pessoas neurodivergentes? 🧠
Pessoas neurodivergentes são aquelas que vivem com uma ou mais naturezas como:
- Transtorno do Espectro Autista (TEA) / Autismo
- TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)
- Dislexia e Discalculia
- Transtorno Bipolar / Bipolaridade
- Síndrome de Tourette
- Transtorno de Processamento Sensorial
- Transtorno de Personalidade Borderline / Borderline
- Entre outras
Essas naturezas muitas vezes vêm acompanhadas de desafios no ambiente escolar ou profissional — mas também de talentos, hiperfoco, criatividade, empatia e formas únicas de resolver problemas.
➡️ Pessoas neurodivergentes são pessoas com deficiência (PCD) ?
Nem sempre. Algumas naturezas, como o autismo, já são legalmente reconhecidas como deficiência no Brasil (pela Lei Berenice Piana). Outras, como TDAH e dislexia, ainda enfrentam debates no campo jurídico, legislativo e institucional.
Importante: muitas dessas naturezas são consideradas deficiências ocultas, ou seja, não visíveis à primeira vista.
Por isso, iniciativas como o uso do cordão de girassol vêm ganhando força. Esse acessório serve como símbolo de identificação voluntária para pessoas com deficiências não aparentes — ajudando na empatia e no suporte adequado, inclusive no trabalho.
No Brasil, o cordão é legislado por lei específica, e pessoas TDAH, disléxicas e borderline, ainda não contempladas pela lei, podem também usar o cordão de infinito.
Por que a neurodiversidade importa no ambiente de trabalho?
Segundo a consultoria Gartner, até 2027, 25% das empresas Fortune 500 terão programas específicos para contratar pessoas neurodivergentes. E isso não é por acaso.
Estudos da Deloitte apontam que equipes neurodiversas são até 36% mais eficazes na resolução de problemas complexos. Além disso:
- Refletem melhor a diversidade de clientes e consumidores
- Melhoram a inovação e a criatividade
- Reduzem a rotatividade
- Ampliam a empatia e o senso de pertencimento
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➡️ Quais os principais desafios para pessoas neurodivergentes nas empresas?
Apesar dos avanços, o ambiente de trabalho ainda apresenta muitas barreiras para pessoas neurodivergentes, como:
- Excesso de estímulos sensoriais (luzes fortes, ruído, cheiros)
- Ambientes sem pausas ou rotinas flexíveis
- Processos seletivos excludentes
- Falta de diagnóstico e apoio profissional
- Linguagem capacitista ou psicofóbica
Leia: O que é capacitismo e como evitá-lo dentro das empresas?
Esses obstáculos reforçam a importância de uma cultura organizacional empática, acessível e que valorize a diversidade cognitiva.
➡️ Como tornar a sua empresa mais inclusiva para pessoas neurodiversas?
A boa notícia é que não é preciso fazer grandes investimentos para começar a tornar sua empresa neuroinclusiva. Algumas ações práticas incluem:
- Adaptação de ambientes físicos e digitais
- Flexibilidade de horários e formatos de trabalho
- Políticas inclusivas de recrutamento e feedback
- Comunicação clara, não-violenta e empática
- Treinamentos contínuos de sensibilização para lideranças e equipes
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