Esse artigo foi elaborado para destacar os principais pontos sobre o tema Diversidade e Inclusão apresentados durante o evento Kenoby Talks, o maior evento da área de Recrutamento e Seleção do Brasil. Abaixo, mostramos os highlights da palestra “Como a área de RH pode contribuir para a ampliação da Diversidade Racial”, com falas de Camila Fidélis, Gerente de Gestão de Pessoas na agência Africa.


Imagem de capa da palestra de Camila Fidélis no evento Kenoby Talks.

Camila Fidélis é gerente de Gestão de Pessoas na agência Africa, de publicidade. Psicóloga e especialista em Gestão Estratégica de Pessoas. Há 16 anos atuando na área de RH, já passou pela experiência acadêmica como docente na Faculdade Zumbi dos Palmares, lecionando os cursos de RH e Administração. Participou de projetos de desenvolvimento de Jovens Negros para o mercado de trabalho, especificamente para o setor bancário, ministrando cursos para apoiar a carreira desses jovens.

A diferença do RH tradicional e o RH estratégico

As empresas mudaram e vem passando por constantes mudanças. Quando falamos de RH tradicional, estamos falando de processos mais básicos, operacionais e burocráticos. É claro que existe uma parte do RH voltado para questões burocráticos, mas a gente não pode deixar isso ser o todo. 

O RH estratégico, por outro lado, alinha seus processos e políticas aos objetivos da empresa. Dessa forma, se a empresa está se comprometendo em ampliar a diversidade, o RH precisa estar junto, entender e contribuir para que a empresa alcance os objetivos.

A minha experiência com um Comitê de Diversidade

Criar um Comitê de Diversidade é uma das formas de começar a falar sobre o assunto na empresa, entendendo onde ela quer chegar. 

É importante que esse Comitê seja composto por representantes dos grupos de afinidade das organizações e por líderes de diversas áreas e que sejam definidas metas e objetivos para que ações possam ser traçadas, através de reuniões periódicas. Reforçar a comunicação e a informação do comitê para a empresa também é crucial. 

Faça um diagnóstico

Entender quem são as pessoas dentro da empresa, inclusive a liderança, através de um censo demográfico, é muito importante para entender a composição da sua organização. De acordo com o que é observado e quais as dores da organização em relação a diversidade, o resultado pode ajudar muito a traçar metas e objetivos. 

Invista em treinamentos

É preciso preparar a empresa para um ambiente inclusivo. É imprescindível que a liderança tenha conhecimento sobre cada grupo de afinidade. Para isso, planeje treinamentos para o acolhimento e uma liderança inclusiva. 

Todas as pessoas da área de Recursos Humanos envolvidos com recrutamento e seleção precisam ser preparados também. No final, é preciso que todos os colaboradores sejam treinados em relação a diversidade, entendendo a dimensão da empresa e quais os recursos necessários para que isso aconteça.

Projetos e cases

1. Para o RH: Banco de talentos direcionados para inclusão e diversidade. Ao criar bancos de talentos diversos, é importante que o RH acompanhe, pelo menos nos 3 primeiros meses nos novos colaboradores para se certificar que ele se sinta incluído. É necessário, também, que o RH cuide do desenvolvimento do público interno diverso, para que as pessoas que fazem parte dos grupos de afinidade ocupem cargos de liderança na empresa, entendendo quais os gaps desses colaboradores o que eles precisam. Por último, o incentivo da cultura por meio de projetos de comunicação interna. 

2. Projetos transversais: primeiramente, levar em consideração o censo e as metas da empresa, para que todos da empresa (principalmente os líderes) se envolvam tanto no processo de contratação de talentos diversos, quanto no desenvolvimento da liderança e dos colaboradores. 

3. Projetos que temos na Africa em relação a diversidade, como: Escola Africa, que visa o desenvolvimento de jovens que estão iniciando ou ainda não iniciaram o mercado de comunicação; mentorias e workshops sobre educação e liderança antirracista; nova política de recrutamento e seleção.